quinta-feira, 6 de setembro de 2007

POLICIA CIVIL DESVENDA ASSASSINATO DE JOVEM EM SETE QUEDAS MS

O delegado de Polícia Civil de Sete Quedas, Dr. Napoleão Rodrigues Junior diz que Silêncio da população prejudica o trabalho da polícia para desvendar crimes

Já está preso na cadeia pública de Sete Quedas Leandro Martins Ribeiro de 19 anos, acusado de matar com pelo menos 4 tiros, outro jovem, Claudinei Alves de Brito de 22 anos, crime ocorrido em frente a um clube de festas em Sete Quedas, fronteira com o Paraguai.

O crime aconteceu por volta da 1h20 da madrugada do dia 21 de julho desse ano em frente ao Clube 30 de Maio, na região do Conjunto Habitacional Iporã e a polícia chegou até a autoria após informações de testemunhas.
Segundo o delegado encarregado pelas investigações do caso, Dr. Napoleão Rodrigues Junior, titular da Delegacia de Polícia Civil de Sete Quedas, ao tomar conhecimento crime uma equipe de investigação passou a trabalhar no caso e através de testemunhas, conseguiu identificar o autor.

De posse das informações sobre a autoria do homicídio, o delegado representou pela prisão preventiva de Leandro Martins, que estava foragido e o pedido foi deferido pelo Juiz de Direito, titular da Comarca local, Dr. Fábio Henrique Calazans Ramos e no dia 24 do mês passado (agosto), quando o autor se apresentou com a arma do crime, um revólver calibre 22, acabou preso.

De acordo com a polícia ao ser preso Leandro Martins Ribeiro teria confessado o assassinado e teria relatado que matou Claudemir Alves por conta de uma discussão envolvendo som. Ele permanece preso na cadeia pública de Sete Quedas à disposição da Justiça.

Outros Crimes

Após cerca de seis meses sem crimes dessa natureza, o assassinato do jovem Claudemir Alves de Brito de 22 anos foi o primeiro de uma seqüência de cinco homicídios ocorridos em Sete Quedas de 21 de julho para cá.

Após esse crime um indígena residente na Aldeia Jaguapiré em Tacuru foi encontrado ferido a golpes de faca na rua e acabou morrendo sem que ninguém testemunhasse a autoria da agressão e no último homicídio registrado na cidade outro homem, Dirceu Sales dos Santos de 32 anos, que segundo a polícia já tinha passagens por consumo de drogas e envolvimento com atos delituosos, foi encontrado morto no banheiro de um bar na periferia da cidade, crime também sem testemunhas.

Repercussão

Dos homicídios registrados na cidade nos últimos 40 dias os dois de maiores repercussões foram o assassinato do professor de educação física Luiz Carlos Vogel de 43 anos, crime ocorrido no interior de sua residência na noite do dia 13 de agosto e o assassinato do administrador de fazendas Jurandir da Silva Carvalho de 50 anos, ocorrido no dia 19 de agosto.

No assassinato do professor a esposa da vítima que estaria no interior da residência quando o educador foi morto com um tiro na cabeça, seria a principal testemunha do caso, porém a mulher teria afirmado, em depoimento, que estava em um quarto da residência e não teria visto nada.

“Essa semana deveremos ouvir uma menor, filha do casal que estava na casa na hora do crime e um filho da esposa de Luiz Vogel, com o qual, segundo informações de testemunhas, o professor já teria se desentendido várias vezes”, informou Dr. Napoleão Rodrigues Junior.

Em relação ao assassinado do administrador de fazendas Jurandir de Souza as investigações abrem um “leque” de possibilidades. “Informações que chegaram a nosso conhecimento apontam que Jurandir realizava cobranças para uma empresa estabelecida no Paraguai e também tinha atividades no país vizinho”, disse o delegado ao relatar que também não está descartada a hipótese do crime estar relacionado à prisão, por parte da Policia Federal, de um irmão da vítima com um carregamento de veneno supostamente contrabandeado do Paraguai dias antes do crime.

População não contribui

Um dos principais problemas enfrentados pela polícia para investigar crimes, não só em Sete Quedas, mas em toda a região de fronteira é a falta de contribuição da própria população que opta pela “lei do silêncio” e enquanto o delito não o atinge diretamente ou a algum de sua família, as pessoas preferem não se envolver e não passam informações para as autoridades.

“Sem o apoio da população o trabalho da polícia fica extremamente prejudicado. Precisamos de informações para buscar as soluções dos crimes, sem informações é praticamente impossível de trabalhar tendo em vista a deficiência técnica em termos de tecnologia que enfrentamos”, disse Dr. Napoleão ao ressaltar que todas as informações que chegam até a Delegacia de Polícia Civil em Sete Quedas, mesmo de forma anônima, são averiguadas.

Fonte: A Gazeta News

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