quinta-feira, 17 de abril de 2008

6 FOGEM DA DELEGACIA DE SETE QUEDAS












FUGITIVOS : JACINTO VIANA, SERGIO CANDIDO E VANDELEI GOMES


PORTA QUE DEU ACESSO AOS FUNDOS DA DELEGACIA




Detentos serram as grades de duas celas e figuram da Delegacia após saltarem o solário na madrugada dessa quinta-feira (17) em Sete Quedas, fronteira com o Paraguai.Segundo a única agente policial de plantão na Delegacia, ela chegou a ouvir o momento que os presos começaram a fugir e pediu apoio para a Polícia Militar, mas quando a guarnição PM chegou ao local os presos já haviam escapado.De acordo com a agente policial a fuga ocorreu no início da madrugada, entre 1h20 e 1h40. A agente informou que os primeiros ruídos representavam ser o rompimento das grades das duas únicas celas da Delegacia e em seguida houve um “estrondo”, que teria sido o momento que os detentos arrombavam a porta de latão que dá acesso ao solário.Segundo a Polícia Civil seis dos 16 presos que estavam na cadeia local, que tem capacidade para apenas 12 detentos, escaparam durante a fuga.
A Polícia Civil informou na noite dessa quinta-feira (17) que ainda não tem nenhuma pista concreta sobre o paradeiro dos seis detentos que fugiram durante a madrugada, após serrarem as grades de duas celas da Delegacia em Sete Quedas.

As suspeitas, segundo a polícia, são que os fugitivos, entre eles Vanderlei dos Reis Gomes, que seria submetido a júri popular nessa quinta-feira por prática de homicídio, tenham fugido para o território paraguaio, que fica a menos de 150 metros do prédio da Delegacia, local da fuga.

Também estão entre os foragidos, Adilson Teixeira de Oliveira, preso por tráfico de drogas, Sérgio Cândido, Arpirio Ramires e Gerson de Almeida, acusados de homicídio e Jacinto Viana, acusado de estupro.Parceiro de Vanderlei Reis foi condenado a 22 anos Luiz Carlos Alegre Gimenes, que teria sentado ao seu lado no banco dos réus nessa quinta-feira, o fugitivo Vanderlei dos Reis Gomes, não quis fugir durante a fuga da madrugada e acabou condenado a 22 anos de prisão, com cumprimento inicial da pena em regime fechado e sem direito a recorrer da sentença em liberdade.

O julgamento de Luiz Carlos, que foi acusado de matar, em companhia de Vanderlei dos Reis, a pessoa de Leonardo Brito, aconteceu no plenário da Câmara Municipal local e a sessão foi presidida pelo Juiz Titular da Comarca de Sete Quedas, Dr. Plácido de Souza Neto. Na acusação atuou o representante do Ministério Público Estadual, o Promotor de Justiça, Dr. Fabrício Secafen Mingati.Após o julgamento Luiz Carlos Alegre foi encaminhado de volta a uma cela na Delegacia de Polícia Civil de Sete Quedas onde permanece preso.

Cadeia não tem guarda externa
A cadeira de Sete Quedas não conta com guarda externa da Polícia Militar e os detentos permanecem aos cuidados apenas do agente policial de plantão que tem que zelar, além dos presos, inclusive pelo bem estar de um adolescente infrator que está detido em uma sala sem banheiro da Delegacia.
Segundo os agentes que tiram plantão na Delegacia a questão de segurança piorou ainda mais com a determinação do Poder Judiciário da Comarca que presos condenados a cumprirem penas no regime semi-aberto, a partir de agora tem que passar a noite em uma sala na Delegacia, também sob responsabilidade do único agente de plantão.
Para o delegado de Polícia Civil, Dr. Humberto Peres Lima, titular em Tacuru, que está respondendo pela Delegacia de Sete Quedas, a inserção de presos do regime semi-aberto nas instalações, além de aumentar o desvio de função dos policiais civis, que ao invés de investigar crime e atender a população, que é sua atribuição quando de plantão na Delegacia, também tem que cuidar de presos, representa perigo iminente, tanto para o policial, que por falta de efetivo, permanece sozinho durante os plantões noturnos, como também para o patrimônio público por falta de segurança.
- vilson nascimento